segunda-feira, 10 de março de 2014

EEB Paulo Bauer Referência em Prevenção em Santa Catarina

 
A Gerência Regional de Educação de Itajaí iniciou, esta semana, uma série de reuniões com pais de alunas que farão parte da campanha de vacinação contra o HPV, a ser iniciada no próximo dia 10, em todo o Brasil. Diretores e orientadores trabalham no esclarecimento de dúvidas sobre a necessidade da vacinação entre meninas de 11 a 13 anos.
Somente em Itajaí, 589 adolescentes de dez escolas estaduais serão imunizadas contra o vírus responsável pela doença sexualmente transmitida, mais comum no mundo, causadora de tumores benignos e malignos. A vacina protege contra quatro tipos, dois capazes de provocar câncer e dois relacionados ao aparecimento de verrugas. Os tipos 16 e 18, cobertos pela vacina, estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero.
Um dos encontros será realizado na Escola Estadual Paulo Bauer, em Itajaí, na sexta-feira, 7, às 19 horas. A unidade é considerada referência em Santa Catarina na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e uso de drogas entre os alunos. Há 16 anos a comunidade escolar participa do projeto Viva Vida, uma gincana anual que aborda temas ligados à prevenção.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Educação e Prevenção nas Escolas (Nepre), Elozia de Brito, que atua na rede pública estadual como psicóloga e pesquisadora, existe a preocupação com o sucesso da campanha. “Cada escola receberá profissionais da saúde para a vacinação, não será necessário o deslocamento até os postos”, explica.
Preocupação com a linguagem
O Nepre funciona desde 2006 e formou multiplicadores de prevenção em todas as 42 escolas da rede estadual da região e algumas unidades municipais, com apoio de profissionais da saúde.
O trabalho iniciou a partir de uma pesquisa de campo com dois mil estudantes, em todas as escolas da rede, e que revelou dados alarmantes. Conforme a coordenadora, parcela significativa dos entrevistados revelou ter iniciado a vida sexual aos 11 anos. “Em uma única escola, registramos sessenta adolescentes grávidas, num universo de menos de quinhentos estudantes”, observa. Oito anos depois, na mesma escola, há o registro de duas adolescentes grávidas. A meta é atualizar a pesquisa, como comprovação dos resultados do serviço de prevenção.
A preocupação é com a linguagem usada pelos professores na orientação sexual, que precisa estar em acordo com o contexto social das comunidades e a vivência dos alunos. Os pais fazem parte do processo e tomam conhecimento do trabalho do Nepre a cada início de ano letivo. A experiência do núcleo é uma das cinco a serem apresentadas na Conferência Mundial de Prevenção às DSTs, nos Estados Unidos, em junho, escolhidas pelo governo federal.

Escola de Educação Básica Paulo Bauer Orienta Pais Sobre a Vacinação do HPV

Na sexta-feira, 7, a coordenação do Núcleo de Educação e Prevenção nas Escolas (Nepre) e a direção da Escola de Educação Básica (EEB) Paulo Bauer, de Itajaí, reuniram pais de alunas que serão vacinadas contra o Papiloma Vírus Humano (HPV).
O objetivo foi orientar as famílias sobre a necessidade da imunização e os riscos do vírus causador do câncer de colo de útero. As orientações foram passadas pela coordenadora do Nepre, Elózia de Brito, que atua como psicóloga e pesquisadora na rede pública estadual, e pela coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, enfermeira Andréa Bittencourt.
A campanha iniciou nesta segunda-feira, 10, em todo o Brasil, e somente em Itajaí mais de 4500 meninas de 11 a 13 anos, de 58 escolas estaduais e municipais serão vacinadas. A primeira dose será aplicada nas alunas em cada escola, dentro de um cronograma de atendimento feito pelas secretarias municipais, mas os pais também poderão levar as filhas até a unidade de saúde mais próxima de casa.
Para garantir proteção completa, a imunização ocorrerá de forma estendida, em três doses. A segunda aplicação deve ser feita seis meses depois da primeira e a terceira, cinco anos depois.
Na EEB Paulo Bauer, a vacina estará disponível na sexta-feira, 14, às 9h e às 14h30min, e a estudante precisará da autorização dos pais, além de apresentar carteira de vacinação ou documento com foto. “Por isso é fundamental que os pais estejam cientes dos riscos deste vírus, transmitido principalmente na relação sexual, e abram o diálogo com as filhas. Quem não participou da reunião, será chamado pela direção durante esta semana”, disse a diretora Maria Aparecida da Silva.